Tudo junto e misturado


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PSDB quer abandonar crítica a projetos de Lula





Estratégia é dar visão positiva sobre programas sociais e esquecer discurso da ''porta de saída''

O comando nacional do PSDB está orientando o partido a dar uma "visão positiva" dos programas sociais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral de 2010, afirmou ontem o presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PE). O parlamentar disse que a legenda não permitirá "nem de longe" a disseminação da ideia de que, se vencer, acabará com esses projetos - apenas o Bolsa-Família atende mais de 11 milhões de famílias. Segundo o senador, pesquisas mostram que as maiores dificuldades da legenda ocorrem em regiões onde há concentração dessas iniciativas do governo federal.

Agora, os tucanos deverão abandonar as críticas ao programa e reconhecer que seu desenvolvimento foi correto. "A orientação do partido é dar essa visão positiva dos programas, reconhecer os programas do governo Lula, elogiar o que têm de positivo e desenvolver propostas. Nada que tenha a ver com aquela história de porta de saída. Porta de saída é tudo que a gente precisa para se dar mal. Não é nada", disse Guerra.

Com medo de perder votos, o PSDB, assim, abandonará uma das principais críticas que fazia à área social do governo Lula - a de que seus programas tornariam os beneficiários dependentes da ajuda e sem alternativas para ter uma vida econômica sem ajuda do Estado. O senador comandou reunião da bancada federal tucana para discutir as eleições de 2010, no Hotel Sheraton Barra, da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

Guerra disse que todos ou quase todos os programas sociais foram inventados pelo PSDB (que governou o País de 1995 a 2002) e desenvolvidos pelo presidente Lula, com cujo governo acabaram identificados. "Achamos que o desenvolvimento foi correto. Isso é verdade", elogiou. "O que vamos ter é propostas para essa área social, muito precisas." Ele afirmou que, em 2006, no segundo turno, foi organizado no Nordeste um "projeto de massificação da ideia" de que o PSDB, se vencesse, acabaria com os programas sociais.

YEDA

Em análise reservada sobre a situação do partido nos Estados, Guerra avaliou que, no Rio Grande do Sul , onde a governadora tucana Yeda Crusius enfrenta acusações de corrupção, "acendeu a luz vermelha". O alerta foi causado por pesquisas eleitorais indicando que, no Estado, a pré-candidata presidencial do PT, Dilma Rousseff, ultrapassou o provável postulante tucano, governador José Serra, que estaria sofrendo desgaste por causa da crise política enfrentada pela governadora.

Uma assessoria do comando nacional tucano foi imposta a Yeda, revelou Guerra, que esteve recentemente com a governadora. "Ela precisa aceitar a ampla reforma de seu governo", disse, em exposição para os deputados e senadores.

No Rio, o lançamento da pré-candidatura de Marina Silva à Presidência pelo PV fez surgir novos problemas, segundo o senador. O PSDB não aceita que o deputado Fernando Gabeira (PV) seja candidato a governador com dois palanques - um com Marina, outro com Serra. Cerca de 30 parlamentares tucanos participaram do encontro, que começou na quinta-feira e terminou ontem.

Do Estadão

Pinçado de:
http://tudo-em-cima.blogspot.com/2009/08/mais-perdido-que-cego-em-tiroteio-psdb.html

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um pouco de música

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Everardo Maciel, ex-secretário dos tucanos, diz a Bob Fernandes: caso Dilma/Lina "é farsa, é factóide"

publicada quarta, 26/08/2009 às 10:51 e atualizado quarta, 26/08/2009 às 10:59 |


Everardo Maciel foi secretário da Receita de Fernando Henrique Cardoso por oito anos. Só que ele não fuma maconha estragada. E, por isso, é capaz de qualificar o caso Dilma/Lina como ele realmente é: "uma farsa, um factóide".

Everardo deu essa declaração em entrevista a Bob Fernandes, no Terra Magazine.

E agora? A imprensa serrista é mais realista que o rei. Até o cara que comandou a Receita na época dos tucanos acha que a mídia está forçando a barra. O Suplic va mostrar cartão vermelho pra "Folha"? Ou a maconha estragada do Suplicy só funciona quando é para aparecer nos jornais?

Confiram a entrevista do Everardo...

===

O pernambucano Everardo Maciel mora há 34 anos em Brasília. Foi secretário executivo em 4 ministérios: Fazenda, Educação, Interior e Casa Civil, e foi Secretário da Fazenda no Distrito Federal. Everardo é hoje consultor do FMI, da ONU, integra 10 conselhos superiores, entre eles os da FIESP, Federação do Comércio e Associação Comercial de São Paulo e é do Conselho Consultivo do Conselho Nacional de Justiça.

Mas, nestes tempos futebolísticos, às vésperas de 2010, com tudo o que está no ar e nas manchetes e, em especial, diante do que afirma Everardo Maciel na entrevista que se segue, é importantíssimo ressaltar que ele foi, por longos 8 anos, "O" Secretário da Receita Federal dos governos Fernando Henrique Cardoso.

Dito isso, vamos ao que, sem meias palavras, afirma Everardo Maciel sobre os rumorosíssimos casos da dita "manobra contábil" da Petrobras - que desaguou numa CPI -, da suposta conversa entre a Ministra Dilma Rousseff e a ex-Secretaria da Receita Lina Vieira e da alardeada "pressão de grandes contribuintes", fator que explicaria a queda na arrecadação:

- Não passam de factóides. Não passam de uma farsa.

Sobre a suposta manobra contábil que ganhou asas e virou fato quase inquestionável, diz o ex-Secretário da Receita Federal de FHC:

-É farsa, factóide... a Petrobras tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. Essas coisas todas são demasiado elementares.

E o caso Dilma/Lina?

- Se ocorreu o diálogo, ele tem duas qualificações: ou era algo muito grave ou algo banal. Se era banal deveria ser esquecido e não estar nas manchetes. Se era grave deveria ter sido denunciado e chegado às manchetes em dezembro, quando supostamente ocorreu o diálogo. Ninguém pode fazer juízo de conveniência ou oportunidade sobre matéria que pode ser qualificada como infração. Caso contrário, vai parecer oportunismo.

E a queda na arrecadação por conta de alardeada pressão de grandes contribuintes?

-Farsa, factóide para tentar explicar, indevidamente, a queda na arrecadação.

Sobre essa mesma queda e alardeadas pressões, Everardo Maciel provoca com uma bateria de perguntas; que ainda não foram respondidas porque, convenientemente, ainda não foram feitas:

- Quais são os nomes dos grandes contribuintes, quando e de que forma pressionaram a Receita? Quando foi inciada a fiscalização dos fatos relacionados com o senhor Fernando Sarney? Quantos foram os contribuintes de grande porte no Brasil que foram fiscalizados no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período de anos anteriores e qual foi o volume de lançamentos? A Receita, em algum momento, expediu uma solução de consulta que tratasse dos casos de variações cambiais como os alegados em relação à Petrobras?

Com a palavra Everardo Maciel, Secretário da Receita Federal nos 8 anos de governo Fernando Henrique Cardoso:

Terra Magazine - Algo perplexo soube que o senhor, Secretário da Receita Federal por 8 anos nos governos de Fernando Henrique Cardoso, não tem a opinião que se imaginaria, e que está nas manchetes, editoriais e colunas de opinão, sobre o caso das ditas manobras contábeis da Petrobras, agora uma CPI?


Everardo Maciel - Independentemente de ter trabalhado em qualquer governo, meu compromisso é dizer a verdade que eu conheço. Então, a verdade é que a discussão sobre essa suposta manobra contábil da Petrobras é rigorosamente uma farsa.

TM - Uma farsa, um factóide?
EM- É exatamente isso. Farsa, factóide. E por quê? Porque não se pode falar de manobra contábil, porque a contabilidade só tem um regime, que é o de competência.

TM -Traduzindo em miúdos, aqui para leigos como eu....
EM -Eu faço um registro competência... quer dizer o seguinte: os fatos são registrados em função da data que ocorreram e não da data em que foram liquidados. Por exemplo: eu hoje recebo uma receita. Se estou no regime de competência, a receita é apurada hoje. Entretanto, se o pagamento desta receita é feito no próximo mês, eu diria que a competência é agosto e o caixa é setembro. Isso é competência e caixa, esta é a diferença entre competência e caixa, de uma forma bem simples.

TM -Cabe uma pergunta, de maneira bem simples: então, Secretário, há um bando de gente incompetente discutindo a competência?
EM - Eu não chegaria a fazer essa observação assim porque não consigo identificar quem fez essas declarações, mas certamente quem as fez foi, para dizer o mínimo, pouco feliz.

TM - Por que o senhor se refere, usa as expressões, "farsa" e "factóide"?
EM - Vejamos: farsa ou factóide, como queiram, primeiro para explicar indevidamente a queda havida na arrecadação. Agora, a Petrobras, no meu entender, tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. Essas coisas todas são demasiado elementares. Para especialistas.

TM - Então por que todo esse banzé no Oeste?
EM - Não estou fazendo juízo de valor sobre a competência de ninguém, mas, neste caso, para o governo, me desculpem o trocadilho, o que contava era o caixa. E o caixa caiu. Para tentar explicar por que a arrecadação estava caindo, num primeiro momento se utilizou o factóide Petrobras. No segundo, se buscou explicações imprecisas sobre eventuais pressões de grandes contribuintes, às vezes qualificados em declarações em off como financiadores de campanha. Entretanto, não se identificou quem são esses grandes "financiadores de campanha" ou "contribuintes". Desse modo, a interpretação caiu no campo da injúria.

TM - O senhor tem quantos anos de Brasília?
EM -Não consecutivamente, 34 anos. Descontado o período que passei fora, 30 anos.

TM - Diante desse tempo, o senhor teria alguma espécie de dúvida de que o pano de fundo disso aí é a eleição 2010?
EM - Eu acho que nesse caso, em particular e em primeiro lugar, o pano de fundo era a sobrevivência política de uma facção sindical dentro da Receita.

TM - Seria o pessoal que o atormentou durante oito anos?
EM -Não todo tempo. E de qualquer sorte, de forma inócua.

TM - Sim, mas me refiro para o que reverbera para além da secretaria,do que chega às manchetes... os casos da Petrobras, um atrás do outro.
EM -Todos esses casos são, serão esclarecidos, e acabam, acabarão sendo esquecidos, perderão qualquer serventia para 2010. São factóides de vida curta. Depois disso chegamos à terceira fase do factóide.

TM -Mais ainda? Qual é?
EM - Aí vem a história do virtual diálogo que teria ocorrido entre a ministra-chefe da casa civil, Dilma Rousseff, e a secretária da receita, Lina Vieira. Não tem como se assegurar se houve ou deixou de haver o diálogo, mormente que teria sido entre duas pessoas, sem testemunhas. Agora tomemos como verdadeiro que tenha ocorrido o diálogo. Se ocorreu o diálogo, ele tem duas qualificações: ou era algo muito grave ou algo banal.

TM - Sim, e aí?
EM - Se era algo banal, deveria ser esquecido e não estar nas manchetes. Se era algo grave, deveria ter sido denunciado e chegado às manchetes em dezembro, quando supostamente ocorreu o diálogo. Ninguém pode fazer juízo de conveniência ou oportunidade sobre matéria que pode ser qualificada como infração. Caso contrário, vai parecer oportunismo.

TM - À parte suas funções conhecidas, de especialista, por que coisas tão óbvias como essa que o senhor tá dizendo não são ditas? EM - Já há dois meses essa conversa no ar sem que se toque nos pontos certos, óbvios...
Eu não sei porque as pessoas não fazem as perguntas adequadas...

TM - Talvez porque elas sejam incômodas para o jogo, para esse amontoado de simulacros que o senhor aponta? Quais seriam as perguntas reveladoras?
EM - Por exemplo: quais são os nomes dos grandes contribuintes, quando e de que forma pressionaram a Receita? Quando foi inciada a fiscalização dos fatos relacionados com o senhor Fernando Sarney? Quantos foram os contribuintes de grande porte no Brasil que foram fiscalizados no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período de anos anteriores e qual foi o volume de lançamentos? Ainda uma outra pergunta: a Receita, em algum momento, expediu uma solução de consulta que tratasse dos casos de variações cambiais como os alegados em relação à Petrobras? Respostas a isso permitiriam lançar luz sobre os assuntos.

TM - Última pergunta, valendo-me de um jargão jornalístico: trata-se então de um amontoado de cascatas?
EM - Não tenho o brilhantismo do jornalista para construir uma frase tão fortemente elegante e esclarecedora, mas, modestamente, prefiro dizer: farsa e factóide. Ao menos, no mínimo, algumas das coisas que tenho visto, lido e ouvido, não passam de factóides. Não passam de uma farsa.

Pinçado de:
http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/everardo-maciel-exsecretario-dos-tucanos-diz-a-bob-fernandes-caso-dilmalina-e-farsa-e-factoide

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Arthur Virgílio, o probo

PMDB pede cassação de Arthur Virgílio
Em representação feita nesta quinta-feira (6), o PMDB pede ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado que abra um processo de cassação do mandato do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) por entender que ele cometeu falsidade ideológica, prevaricação e estelionato por fatos que teriam sido assumidos pelo próprio senador. A representação é assinada pela presidente nacional do PMDB (em exercício), deputada Íris de Araújo (GO).

A representação utiliza-se de trechos de discurso do próprio senador, no último 29 de junho, quando admitiu que autorizou um servidor de seu gabinete, Carlos Alberto Nina Neto, a se ausentar do país para estudar, com salário pago pelo Senado, nos períodos de maio a junho de 2005 e de outubro de 2005 a dezembro de 2006. O discurso de Virgílio foi feito depois de reportagem da revista IstoÉ que noticiou o fato. O senador do PSDB reconheceu o erro naquele dia e anunciou que devolveria aos cofres públicos os valores recebidos pelo funcionário, no total de R$ 210.607,58.

De acordo com a representação, Arthur Virgílio tomou uma decisão sobre o funcionário do seu gabinete que só cabe à Mesa do Senado e, por isso, pode ser acusado de falsidade ideológica, prevaricação e estelionato, todos crimes tipificados no Código Penal. Na representação, a direção do PMDB afirma que Arthur Virgílio violou os princípios constitucionais da moralidade, da improbidade, da impessoalidade e da publicidade. O documento solicita ao Senado que forneça todos os pagamentos feitos ao funcionário do gabinete de Arthur Virgílio.

Também é pedida investigação, baseada na matéria da IstoÉ, sobre benefícios financeiros pagos para cobrir internação em UTI da mãe de Arthur Virgílio. A representação informa que, de acordo com a revista, senadores e dependentes têm direito a ressarcimentos de saúde de até R$ 30 mil e, no caso, o valor seria de R$ 780 mil. O documento pede que o Conselho de Ética solicite ao Senado todos os pagamentos de saúde feitos neste caso e na conta de quem foram feitos os depósitos.

O PMDB sustenta ainda que Arthur Virgílio teria recebido "doação" financeira do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia em valor próximo de R$ 10 mil, o que pode ser caracterizado como "vantagem indevida", passível de punição pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. A representação transcreve novamente texto da revista e declarações de Arthur Virgílio ao explicar o assunto, no dia 29 de junho.

Arthur Virgílio informou que estava com a família hospedado em um hotel, em Paris, e ficou em situação difícil quando seu cartão de crédito ficou sem crédito. Ele recorreu a um amigo, e este recorreu ao então diretor-geral Agaciel Maia. Virgílio disse que foi um empréstimo, pago posteriormente. A revista Istoé afirmou que, "com amigos, Agaciel comentou que esse dinheiro até hoje não lhe foi ressarcido". A representação pede que o Conselho de Ética ouça o diretor-geral e as pessoas que se envolveram no episódio.

Pelo regimento do Conselho de Ética, seu presidente, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), terá dois dias úteis, a partir da publicação da representação no Diário Oficial do Senado, para informar se aceita ou não a investigação. Se aceitá-la, será sorteado um relator para o caso, que fará as investigações necessárias.
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

--------------------------------------------------------------------------------
E isso a grande imprensa não diz que acabou em pizza.

domingo, 23 de agosto de 2009

Como vivem os irmãos de Lula

A História de seis brasileiros que sofrem com o ônibus lotado, o desemprego e a violência, como a maioria da população, embora sejam da família do presidente da república

Uma parte do teto da sala da casa do marceneiro aposentado Jaime Inácio da Silva, 72 anos, está sem pintura. Morador da periferia de São Bernardo do Campo, ele vive com a família em um imóvel de dois quartos. Como a reforma já dura anos, foi surpreendido pelo desemprego da filha, Regina, antes de completar o acabamento. "A tinta acabou e não deu para comprar mais", desculpa-se ao visitante. Ele sabe de cabeça o preço de um saco de cimento, um metro cúbico de areia ou uma caixa de ladrilho hidráulico.

No Brasil, quatro em cada dez aposentados brasileiros não conseguem viver com o benefício que recebem do Estado. Jaime é um deles. Há 14 anos, ele complementa sua renda fazendo bicos. Até dezembro, saltava da cama às cinco da matina, sacolejava por uma hora e meia no ônibus lotado até chegar à capital paulista, onde trabalhava em uma empresa metalúrgica. Com a crise financeira, a firma diminuiu o ritmo da produção de peças e Jaime foi colocado em férias remuneradas. "A barra tá difícil", diz. Nos últimos dias, ele trocou a metalurgia pela máquina de costura e passou a ajudar Regina, costureira acidental.

Há pouco mais de seis meses, Jaime chegava do trabalho e foi rendido no portão por quatro assaltantes. Os homens o fizeram entrar e saíram de lá com a televisão - um dos poucos bens de valor da família, ao lado da máquina de costura. Com sacrifício, conseguiu comprar outro aparelho. Afinal de contas, trata-se de sua única diversão. E ele precisa, pois a distração é parte do tratamento de um câncer na garganta que o fez passar por 40 sessões de radioterapia. Jaime viveu seu drama sem jamais pedir nada ao homem mais poderoso do País - por acaso, seu irmão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por um simples motivo: aos olhos de muitas pessoas, a história de Jaime é um drama.

Mas a família de Lula aprendeu a conviver com as adversidades e a enfrentá-las. E elas, hoje, são muitas. "Lula foi eleito para resolver os problemas do Brasil e não da família Silva", resigna-se Jaime, sem citar que as duas coisas se confundem. Desde a ascensão de Lula ao poder, quase nada foi alterado no destino e na rotina dos seis irmãos do presidente. Na última semana, pela primeira vez, todos eles aceitaram receber em suas casas uma equipe de reportagem e ISTOÉ constatou que os outros filhos de dona Lindu e seu Aristides continuam a viver como brasileiros comuns. Da mesma forma que consideraram normal a morte, ainda na infância, de quatro irmãos e assistiram ao mais velho, Zé Cuia, sucumbir à doença de Chagas.

Anormal para eles é mesmo ser irmão de presidente. "É um inferno", diz José Ferreira de Melo, o Frei Chico. "Perdemos toda a nossa liberdade", reclama Genival Inácio da Silva, o Vavá, ex-metalúrgico e funcionário público aposentado da Prefeitura de São Bernardo. Todos têm orgulho da vitória de Lula, mas contam nos dedos os dias que faltam para chegar 2011 e têm horror de pensar em um terceiro mandato.

Ao contrário do que boa parte da população possa imaginar, ter um irmão no Palácio do Planalto, para eles, causa muito mais dissabor do que alegria. O melhor exemplo é o que aconteceu com Vavá. Em 2005, ele foi acusado pela Polícia Federal de montar um escritório de lobby para empresários atuarem em prefeituras petistas e na Esplanada dos Ministérios. Na época, a PF invadiu sua casa, juntou documentos e não encontrou nada que provasse a denúncia. "Até gostei, verificaram minha vida e viram que não tenho nada de sujeira", diz. "As pessoas não aceitam que os irmãos de Lula não tenham nada." Ele também sofre com problemas de saúde.

OS SILVA SE ORGULHAM DO PRESIDENTE, MAS RECLAMAM QUE PERDERAM A LIBERDADE

Nos últimos seis anos, passou por seis cirurgias - uma na coluna e cinco nas pernas para resolver problemas de circulação. Com dificuldades para caminhar, montou uma enfermaria na sala de casa. Vavá acredita que a saúde ele recupera logo, mas a liberdade só mesmo depois de o irmão deixar o poder. "Temos a vida vigiada, a gente vive grampeado", diz. O episódio da PF não trouxe só prejuízo a Vavá. Sua filha foi demitida do emprego porque o dono da firma em que ela trabalhava achou que a sobrinha do presidente dentro de sua empresa também poderia atrair a atenção de espiões. "Desde então, estou desempregada.

Estou ganhando a vida fazendo um trabalho para uma banda de música de forró. Mas sou especialista em tecnologia de informação", diz Andréa, que, como dois de seus primos e, diga-se de passagem, 9% da população brasileira, está procurando emprego.

Irmã mais velha do presidente, Marinete Leite Cerqueira, 70 anos, também atribui o desemprego da filha ao partido de Lula. "Esse menino do PT que assumiu a prefeitura (Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo) demitiu a minha filha. Agora ela está desempregada, tem 51 anos e precisa muito do emprego. Foi uma judiação", diz ela, enquanto pendura roupas no varal. Sua filha era comissionada e foi obrigada a ceder lugar a quem fez concurso. Além do desemprego da filha, Marinete está triste porque perdeu o marido recentemente.

Ele morreu de infarto dentro de casa. "Foi uma pena, estávamos acabando a reforma", conta ela, doméstica desde adolescente - trabalho que a deixou com problemas de coluna e a obriga a fazer RPG e sessões de acupuntura. Marinete está feliz, porém, com o filme Lula, o filho do Brasil. Apaixonada por televisão, sobretudo novelas, Marinete não se conteve quando ficou cara a cara com Glória Pires, que fará o papel de dona Lindu. "Eu não acredito que estou ao lado de você, Glória Pires! Não pode ser verdade", disse ela, como todo fã diante de um ídolo.

"Lula não foi eleito para resolver os problemas da família Silva"

Jaime Inácio da Silva, 72 anos, marceneiro aposentado


Assim como Vavá, Frei Chico também clama por liberdade. "Tenho a sensação de viver pior que na época da ditadura. Você não pode sequer comprar um carro melhorzinho, reformar a casa ou viajar, que logo as pessoas vão falar: 'Tá vendo, ele é irmão do Lula'", diz ele, que nunca vestiu uma batina e assumiu como apelido o codinome dos tempos de militante comunista.

Revoltado, Frei Chico continua o discurso: "O problema que ninguém sabe é que, no meu caso, junto veio um carnê de 48 prestações de 800 pratas." O carro melhorzinho é um Honda Civic, câmbio automático, ano 2005. Ele é o único irmão motorizado. "Se a filha do Fernando Henrique Cardoso, que recebia salário de mais de R$ 7 mil do Senado sem aparecer no trabalho, fosse de nossa família, a desgraça estava feita", critica Frei Chico, metalúrgico aposentado e responsável pela entrada de Lula no sindicalismo.

Assim como Marinete, ele também sofre com dores na coluna e quinzenalmente pratica sessões de RPG. Todos os dias faz caminhada e uma parada obrigatória para tomar café e fumar um cigarro com motoristas de táxi no ponto da igreja matriz da cidade. Como um bom político, cumprimenta a todos com bom humor e brincadeiras. Tem um sonho para assim que o irmão deixar a Presidência: "Como comunista, quero ir a Cuba com minha família. Já até recebi convites, mas, se eu aceitar, no outro dia o mundo cai."

Como comunista, quero ir a Cuba. Se aceitar um convite, o mundo cai"

José Ferreira de Melo, o Frei Chico, 67 anos, metalúrgico aposentado


Entre os Silva, a irmã Maria Ferreira Moreno, a "Maria Baixinha", é a que mais preocupa a todos, principalmente o presidente Lula. Como 70 milhões de brasileiros, Maria tem problemas com a obesidade e já chegou a pesar 80 quilos - perdeu 17. No começo do mandato do irmão, quando ela apostou com a apresentadora Ana Maria Braga que perderia 15 quilos em três meses, perdeu dois a mais e ganhou um automóvel Corsa como prêmio.

O carro foi dado de presente ao filho, que trabalha como caminhoneiro. Há cinco anos, Maria perdeu o marido e entrou em depressão profunda, voltou a engordar e chegou aos 94 quilos, mais que excessivos para quem mede apenas 1,38 m. "Comia uma torta doce de dois quilos na madrugada", revela. Além da obesidade, teve hipertensão e diabete. Há três anos, Maria resolveu fazer uma cirurgia de redução de estômago e perdeu 44 quilos.

Quando pensou que seus problemas de saúde estavam sob controle, há 11 meses, recebeu o diagnóstico de câncer de mama. O choque com o resultado voltou a balançá-la emocionalmente e, desde então, vive praticamente em reclusão. Tem evitado até a família. Perdeu mais dez quilos.

Com apenas um filho, Maria é quem mais conversa com o presidente. "Toda semana nos falamos e ele vem muito a minha casa", conta. Maria vive da aposentadoria do marido e mora numa edícula de um quarto nos fundos da casa do filho e da nora. Além da quimioterapia, ela terá que se submeter a uma cirurgia no ombro esquerdo nos próximos dias, por causa de uma queda em casa. "A prótese que eu tinha colocado por causa de uma bursite saiu do lugar", conta.

Aos 59 anos, a caçula dos Silva, Tiana, também teve uma das filhas demitida depois que o irmão chegou à Presidência. "Minha filha foi demitida do trabalho assim que o Lula ganhou a eleição. O chefe dela não quis ter a sobrinha do presidente dentro de sua empresa", lamenta. A moça é outra costureira na família Silva, pois ainda não conseguiu emprego.

SÓ UM IRMÃO DE LULA TEM CARRO, TODOS MORAM EM CASAS SIMPLES E TRÊS SOFREM COM DOENÇAS GRAVES

Bem humorada, apesar de tudo, Tiana conta aos visitantes a maior curiosidade de sua biografia. Seu nome, na certidão, é Ruth. Quando foi registrada, o funcionário do cartório achou o nome Sebastiana, dado por dona Lindu, muito feio, e mudou sem falar nada a ninguém. A mãe, analfabeta, nem percebeu a troca.

Apesar da boa conversa, Tiana detesta aparecer e odeia fotos. Natural para quem leva a sua vida de trabalhadora e, de jeito nenhum, gostaria de ser reconhecida na rua. Faz tudo pelo anonimato. Servente em uma escola do Estado, na periferia da capital, Tiana pega o ônibus às cinco da manhã todos os dias para, no fim do mês, como outras 18 mil agentes escolares, receber pouco mais de R$ 600.

Há pouco tempo, na agitação da cozinha da escola, Tiana escorregou na comida que os alunos deixaram cair no chão e caiu, quebrando o tornozelo. Só na última semana abandonou a bengala e começou a fazer fisioterapia. Assim como 90% das mulheres brasileiras, Tiana ainda dá duro com a dupla jornada de trabalho. Ela deixa o serviço e continua a rotina de dona de casa, principalmente cozinhando. Mas não reclama de nada. "Essa é a vida como ela é", diz. Pode ser. O certo é que é a vida dos Silva.

pinçado de:
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2061/artigo133558-1.htm

Operário em construção

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento

Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse eventualmente
Um operário em construcão.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma subita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno: a gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Nao sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua propria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele nao cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Excercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edificio em construção
Que sempre dizia "sim"
Começou a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que nao dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uisque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução

Como era de se esperar
As bocas da delação
Comecaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
- "Convençam-no" do contrário
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isto sorria.

Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão
Porém, por imprescindível
Ao edificio em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo contrário
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que ver
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse e fitou o operário
Que olhava e refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Nao vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martirios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construido
O operário em construção

Vinicios de Moraes

sábado, 22 de agosto de 2009

Pesquisa da carta capital

Carta Capital
O que você achou do voto dos senadores do PT a favor da salvação de José Sarney?

Uma vergonha, sinal de que, como afirmou o senador Flávio Arns, o partido jogou a ética no lixo
46%
Correta, pois o importante no momento é garantir a governabilidade e impedir que a oposição domine o Senado 53%

Esse é o resultado até esse momento, parece que o inconformismo apregoado pela grande imprensa não está funcionando, por isso que tentam mostrar que o povo é idiota, pois já não se deixa dobrar pelas maracutaias do PIG.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Mais um pouco de Raul

Homenagem a Raul



Uma singela homenagem a Raul Seixas, com a banda General Lee.
Que pena que ele nos deixou tão cedo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PIG vai à guerra




Caso ninguém tenha notado, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) entrou em guerra com o governo Lula. Acabou aquela história de tentar disfarçar. Partiram para a censura e para a tomada de lado explícita, ainda que sempre com aquele tom “isento”.

Francamente, o sujeito tem que ser meio retardado para não dizer a si mesmo que os comentários dos “colonistas” (termo cunhado por Paulo Henrique Amorim para se referir aos colunistas políticos dos grandes jornais que compõem o PIG) sobre o embate governo versus oposição são de oposicionistas disfarçados.

Bem, quem não percebe o quanto é daninho para o país o poder que esses magnatas da comunicação pretendem ter, se não estiver sendo pago por eles só pode ser meio fraco das idéias mesmo.

De qualquer forma, o fato é que os grandes jornais e suas revistas e as tevês abertas comerciais partiram para uma espécie de tudo ou nada.

Comecemos pela Folha de São Paulo, por exemplo. Além de esse jornal – e de os outros dois diários gigantes (Globo e Estadão) – boicotar a pesquisa Vox Populi que mostra José Serra em queda livre nas intenções de voto, o jornalão me sai hoje com a coluna de Eliane Cantanhêde abaixo reproduzida.

clique na imagem para ler

Como vocês vêem, ela alude a uma estagnação de Dilma e a uma resistência do nível de intenção de voto de Serra que nem o próprio Datafolha demonstrou e que, diante do Vox Populi, tornaram-se impossíveis de se levar a sério.

Com toda certeza Eliane acha que seu leitorado é composto só de fanáticos que endossam qualquer bobagem que disser contanto que lhes acaricie as idiossincrasias políticas. Esquece que tem gente inteligente lendo jornal e analisando os fatos em busca da posição mais correta.

É o mesmo caso de o Globo de hoje. Noticia, na manchete, que acharam o motorista que levou Lina Vieira ao encontro que Dilma Rousseff nega que ocorreu, mas lendo a matéria você descobre que ele esteve várias vezes no Planalto e na própria Casa Civil e que não sabe se em um desses encontros houve a reunião com Dilma que Lina afirma que houve.

Veja a matéria abaixo. É a não-notícia sendo vendida em manchete como furo de reportagem.




clique na imagem para ler


Finalmente, o Estadão publica matéria na qual é noticiado que o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, fará um referendo para mudar a constituição do pais a fim de se candidatar ao terceiro mandato consecutivo. Em vez de fazer como fez com Chávez ou com Lula (este sob mera hipótese de fazer o mesmo que Uribe), criticando o colombiano com fúria, desmancha-se em elogios a ele chamando-o até de “herói”.

Em comum, Globo, Folha e Estadão mostram que perderam qualquer respeito pela inteligência de seus leitorados. Esses jornais, bem como tevês , rádios, revistas, tucanos e pefelistas aliados a eles, certamente acreditam que seus públicos são compostos de fanáticos de direita sequiosos por endossar qualquer barbaridade ou de meros descerebrados.

Essas empresas de comunicação podem estar certas quanto aos seus leitores, ouvintes ou telespectadores, ainda que eu ache difícil que sejam todos assim, mas certamente erram quando pensam que a maioria será incapaz de notar o que estão fazendo.



Escrito por Eduardo Guimarães às 16h52

Pinçado de:
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

CULINÁRIA RECEITAS – O último suspiro de José Serra

O governador José Serra é conhecido internacionalmente por ter um pé na cozinha. O seu governo no estado de São Paulo já ficou famoso por ter fritado a educação e colocado na geladeira a redução do IPI que o governo federal deu de presente pra todo o país.

Mas a última iguaria de José Serra foi apontada pelo jornalista Luis Nassif em seu blog: o último suspiro de serra é um prato simples mas que já rendeu 800 comentários no post do bom jornalista, além de uma indigestão campeã no comitê de campanha do PSDB.

O Último Suspiro de Serra

Ingredientes:

- 1 apoio irrestrito da Rede Globo

- 20 jornalistas frescos da Folha de São Paulo. Não se preocupe, todo jornalista da Folha já vem fresco.

- 1 governador tarado pra ser presidente

- 1 prêmio da ONU comprado na Ri-Happy

- 10 colheres de pó (foi mal! Esse ingrediente é pra receita do Aécio!)

Modo de preparo

Numa panela funda, afogue o governo Lula com um monte de denúncias falsas inventadas pela Veja. Deixe esfriar e use a Folha de São Paulo pra requentar esses mesmos factóides depois de um tempo. Aproveite essa folha usada para jogar açucar no período da ditadura

Assim que ninguém levar isso à sério e sua batata começar a assar, adicione um Sarney refogado. Salpique meia dúzia de bobos dizendo “#forasarney” pra fingir que esse tempero faz parte da massa. Se alguém perguntar o que é esse bigode diga que é do saco do feijão

Bata em uns estudantes na faculdade pro bolo crescer. Pegue os 80 pedidos de CPI do seu estado, os milhões roubados pelo Arthur Virgílio e a Yeda Crusius e reserve. Reserve debaixo do tapete, bem longe. Especialmente porque ninguém é maluco de comer a Yeda. Já o Virgílio, não bote a mão no fogo.

Se publicarem uma crítica negativa do seu prato, frite jornalistas e blogueiros, mas cuidado pra não ficar azeredo.

A receita acima dá pra 1 porção de segundo lugar nas eleições de 2010. Ou você pode servir isso como merenda nas escolas do Estado de São Paulo. Convenhamos: as crianças da rede estadual de SP já comem coisa bem pior.

pinçado de:
http://quantotempodura.wordpress.com/

O Alexandre Garcia é uma gracinha mesmo.

Hoje (19/08/09) o dito jornalista Alexandre Garcia em seu comentário no bom dia Brasil disse que a ex secretária Lina só pode estar dizendo a verdade, pois ninguém consegue mentir por quatro horas diante da pressão dos senadores.
Ora sr. Alexandre, quem mente, mente por quatro horas seguidas, por quatro dias seguidos, quatro semanas, quatro anos, quatro décadas, ou até quatro vidas, se as tiver.
Empunhe logo, sr. Alexandre Garcia, a bandeira do PSDB e faça abertamente propaganda eleitoral para o sr. José Serra, ficaria mais decente do que se esconder atrás da profissão de jornalista e se dizer imparcial, para fazê-lo,pois as pessoas não são bobas e a cada dia sua credibilidade ( juntamente com a da Globo, que a cada dia perde audiência por conta disso) se escoa pelo ralo do jornalismo de esgoto que faz.
No post anterior a esse, temos um pouquinho de Lina Vieira, leiam e cheguem as suas própias conclusões e reflitam se ela é ou não capaz de mentir por quatro horas seguidas.
Se ele e a imprensa fizessem jornalismo sério e fosse verdade a tal reunião, já teria aparecido nos telejornais o tal motorista que a levou, ou não são capazes de fazer jornalismo investigativo.

A Dra. Lina tenta dar a volta num pedreiro. E outras atividades políticas

O conversa afiada reproduz comentário do amigo navegante Stanley Burburinho:

Stanley Burburinho
Enviado em 18/08/2009 às 13:17

Segundo a Ata de Audiência do Processo nº 00434-2005-003-21-00-7 (RT), do dia 02 de junho de 2005, da Terceira Vara Federal do Trabalho de Natal-RN , a Sra. Lina Maria Vieira (Reclamada) em 2005, tentou dar uma volta em um pobre pedreiro (Reclamante) deixando de assinar o contrato de trabalho na CPTS por quase um ano. Acontece que a Sra. Lina Maria Vieira deu uma volta no Oficial de Justiça e não compareceu à primeira audiência:

“(…)

Reclamada: LINA MARIA VIEIRA, pessoa física de direito privado.

PRESENTE O RECLAMANTE e seu Representante Legal.

AUSENTE A RECLAMADA.

INSTALADA A AUDIÊNCIA E RELATADO O PROCESSO.

Tendo em vista a certidão expedida pela senhora oficiala de justiça (fl. 16), o acusa que a Reclamada não veio a ser notificada, o reclamante, por intermédio de seu Ilustre Patrono, reitera que a reclamada permanece residindo no endereço mencionado, além do que, trata-se de pessoa bastante conhecida, eis que exerce a função de Secretária de Tributação do Estado do RN, de modo que, acaso não seja possível localizá-la em seu domicílio, requer seja a mesma notificada em seu local de trabalho, qual seja a Secretaria de Tributação, no Centro Administrativo do Estado do RN. Deferida a pretensão, a Secretaria desta Vara do Trabalho adote as providências de estilo, procedendo a notificação inicial da reclamada por Oficial de Justiça, observado os termos ora implementados pelo reclamante.

Sessão de continuação para o dia 16.06.2005 às 9:50 horas. Mantidas todas as advertências anteriores quanto a necessidade de comparecimento pessoal dos litigantes acompanhados das provas orais e documentais.

Ciente o Reclamante.
Intime-se a Reclamada por Oficial de Justiça.
NADA MAIS.

(…)”

http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=1&url=http%3A%2F%2Fftp.trt21.gov.br%2Fjud1%2F3vtnatal%2Fatas%2F02-06-2005%2F0434-05.doc&ei=876JStyJOY3klAfD15mhCw&rct=j&q=%22LINA+MARIA+VIEIRA%2C+pessoa+F%C3%ADsica+de+direito+privado%22&usg=AFQjCNHntvVutyCLNx0eXO-4spxyoUqF8A

Na outra audiência do dia 16 de junho de 2005, a Sra. Lina Maria Vieira foi condenada pelo Juiz:

“(…)

A Reclamada pagará ao Reclamante a importância líquida total de R$ 2.500,00(dois mil e quinhentos), dividida em 04 PARCELAS IGUAIS E SUCESSIVAS de R$ 625,00 (seiscentos e vinte e cinco reais), na Secretaria desta Vara do Trabalho até às 12:00 horas, observadas as seguintes datas: 27.06.2005; 25.07.2005;26.08.2005; e 26.09.2005.

A Reclamada, até a data preclusiva de 27.06.2005, devolverá à Secretaria desta Vara do Trabalho a CTPS do Reclamante com as devidas ANOTAÇÕES CONTRATUAIS, observando-se os seguintes dados: Função: pedreiro; Salário Mensal de R$ 411,40 (quatrocentos e onze reais e quarenta centavos); Data de Admissão: 02.03.2004; Data de Saída: 26.02.2005.

(…)”

http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=2&url=http%3A%2F%2Fftp.trt21.gov.br%2Fjud1%2F3vtnatal%2Fatas%2F16-06-2005%2F0434-05.doc&ei=876JStyJOY3klAfD15mhCw&rct=j&q=%22LINA+MARIA+VIEIRA%2C+pessoa+F%C3%ADsica+de+direito+privado%22&usg=AFQjCNH9cYBm5F5i5aCt_rnNV3pR2dQQ1Q

Em 2006 a Sra. Lina Maria Vieira contribuiu com R$ 4.000,00 para a campanha da governadora do RN Wilma Faria para quem ela já trabalhou.

O curioso é que no site AsClaras (http://www.asclaras.org.br/2006/doador.php?DOCodigo=104125&rs=true ), ao contrário dos demais doadores, o nome do político beneficiado pela Sra. Lina não aparece. Pelo número de votos que o candidato conseguiu (824.101), foi até o Google e digitei “Rio Grande do Norte” + 824.101 + votos” e apareceu o nome da Sra. Wilma Faria.

Em junho passado a Sra. Lina Vieira, apesar de ser de Belo Horizonte, recebeu da governadora Wilma Faria o título de cidadã norte-rio-grandense:

“Lina Vieira recebe título de cidadã norte-rio-grandense

10.06.2009

Laurivan Sousa

A Assembleia Legislativa concedeu nesta quarta-feira, 10, o título de cidadã norte-rio-grandense à secretária-geral da Receita Federal do Brasil, Lina Maria Vieira. A solenidade, proposição da deputada Márcia Maia (PSB), foi prestigiada pelo vice-governador Iberê Ferreira de Souza, por vários deputados, secretários de Estado e funcionários da Receita Federal no Rio Grande do Norte.

No início da sessão solene, o presidente da Assembleia, deputado Robinson Faria (PMN), leu uma mensagem da governadora Wilma de Faria para a secretária Lina Vieira. “Lina é um orgulho para todas as mulheres do Estado. É uma norteriograndense sem precisar de certidão de nascimento. Sinto muito não poder abraçá-la nesta justa homenagem”, dizia um trecho da mensagem da governadora, que não pôde comparecer. O vice-governador, Iberê Ferreira, a representou na solenidade.

(…)”

http://inativas.maxmeio.com/marciamaia2008/navegacao/ver_noticia.php?id_noticia=206

A Assessora da Sra. Lina Maria Vieira, Sra. Iraneth Maria Dias Weiler que disse que confirmaria o suposto encontro da Ministra Dilma com a Sra. Lina, em 1998 fez doação para a campanha do FHC:

“RECURSOS ARRECADADOS CAMPANHA ELEITORAL 1998

Candidato: FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

(…)

Iraneth Maria Dias Weiler R$50,00

(…)’

http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=4&url=http%3A%2F%2Fwww1.uol.com.br%2Ffernandorodrigues%2Farquivos%2Feleicoes98%2Fdoadores%2Ffhc98.doc&ei=DyWHSvG6MMSHtgeS19znDA&rct=j&q=%22Iraneth+Maria+Dias+Weiler%22&usg=AFQjCNHAwlLR4Z8cX0EyAZbUlXnJ_YnfMQ

pinçado de:
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/index.php?s=lina+d%C3%A1+volta+em+pedreiro

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Se “eles” não se mexem

Estive no Palácio dos Bandeirantes a convite do governador José Serra e, naquele encontro, ele me fez uma proposta indecorosa, de que “agilizasse” meus textos críticos a ele. Supus, na hora, que eu deveria parar de escrever a troco de dinheiro do contribuinte paulista.

Não me lembro em que dia foi o encontro. Tampouco me lembro da hora. Nosso encontro também não foi registrado na agenda oficial. Contudo, se quiserem comprovar minha versão, podem requisitar as fitas do circuito interno de tevê do palácio para achar minha imagem entrando e saindo de lá, caso consigam adivinhar o período a investigar.

Ah, sim: se quiserem, topo participar de uma acareação com o governador do Estado de São Paulo. Ele (uma autoridade) e eu (um mero acusador) ficaremos frente a frente e repetirei tudo o que acabo de escrever.

pinçado de:
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

Lula e o segredo do partido mudo

Lula e o segredo do partido mudo

O PT é um partido sem mídia.
O PSDB é uma mídia com partido.

Mauro Carrara

Poucos homens públicos brasileiros exibem currículo tão desonroso quanto o senador amazonense Arthur Virgílio.

Escolha-se uma patifaria qualquer. E logo se encontra o parlamentar como despudorado protagonista de uma façanha nessa categoria.

Qualquer “cidadão de bem”, se bem informado, pediria a cassação imediata do embusteiro da floresta. Bastaria que soubesse, por exemplo, como o tucano agiu na CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes para salvar seu comparsa Omar Aziz.

Ainda assim, Virgílio mantém-se como interlocutor preferencial da mídia golpista. Com sua cara de gaiato falastrão, posa como paladino da moral e dos bons costumes.

Lula o considera um sujeito de má índole e reclama por ter como oponente o mais desqualificado membro da Câmara Alta.

Este é apenas um exemplo de como o presidente trava uma luta desigual no campo da informação.

Seus principais apoiadores têm sido midiaticamente alvejados, um a um, como patos na esteira da barraca de tiro do parque de diversões.

Seus inimigos, no entanto, permanecem incólumes. E, não raro, riem da impotência do partido do presidente, que eles mesmos já apelidaram de “Partido Mudo”.

Na recente troca de tiros no Senado, o bandalho-mor acabou recebendo até mesmo o apoio de membros da estulta bancada mudista.

Nos corredores da casa, bateu no peito e gargalhou dos submissos adversários.

Em recentes episódios, aliás, a oposição pisou sobre um felpudo capacho de senadores da estrela, divididos entre a estupidez e o jogo pessoal de interesses.

Do ponto de vista da comunicação, é espantosa a incapacidade dos representantes do partido para propagar qualquer defesa consistente do governo.

Ao contrário, muitos procuram adular os agentes de mídia monopolista em busca de um afago de três linhas ou de três segundos.

No caso das instâncias diretivas do partido, a situação é ainda pior. A norma é a tímida reclamação infantil ou a omissão completa.

O mundo recebeu uma espetacular lição de guerrilha comunicativa durante a campanha de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos.

O afro-descendente conseguiu falar “por cima” da grande mídia, utilizando sobretudo os canais da Internet, como blogs, redes sociais e fóruns.

Em dado momento, sua relação com boa parte do eleitorado já não era mediada pelos NYT e WP da vida. Sua comunicação se estabelecia à margem dos filtros da grande mídia.

No Brasil, entretanto, o Partido Mudo não aprendeu nada com esse exemplo histórico.

O PM desconhece a dinâmica do moderno marketing político viral, especialmente no campo das mídias eletrônicas interativas.

Acredita que basta manter um sitezinho e postar, de vez em quando, um artigo em defesa do governo.

Do alto de sua ignorância arrogante, o PM tolamente crê em canais unidirecionais de comunicação, mesmo com todas as evidências contrárias.

Enquanto alguns ideólogos ainda perdem tempo discutindo as razões da implosão da Primeira Internacional, ocorrida há mais de 140 anos, as oposições trabalham diariamente os nichos de formadores de opinião na Internet.

Por conta desse descuido tático, por exemplo, José Genoíno caiu inocentemente numa armadilha criada pelos tucanos do programa CQC, liderado pelo transtucano Marcelo Tas, o carequinha da FIESP.

Os cegos do castelo

O dossiê da MTV, em sua versão 2.008, já mostrava que 74% dos jovens utilizavam celulares, inclusive para receber informação.

Em cada grupo de 10, pelos menos 8 faziam parte de uma comunidade virtual, como Orkut, Facebook e Myspace.

Nesses canais de difusão informativa, a presença organizada do governo e do partido do presidente é praticamente nula.

É lá, no entanto, que os “palhaços chiques” do RPNC organizam suas passeatas do Fora Sarney. É lá que difundem diariamente a falsa “ficha de terrorista” de Dilma e fazem ecoar as ideias de Mainardi e Azevedo.

Durante anos, cogitou-se da criação de um canal de comunicação de massa, um “UOL do bem”, difusor de informação descontaminada. O projeto, entretanto, nunca saiu do papel.

Mas por quê? Afinal, não custa caro. E há gente competentíssima para tocar qualquer ação do gênero. Muitos demitidos das redações por ordem de José Serra...

Na verdade, nos círculos de proteção do governo e do Partido Mudo, o tema converteu-se em tabu e, com o tempo, assim se cristalizou.

Até as pessoas de bom caráter, agora convertidos em cegos do castelo, fogem do assunto. Desconversam. A norma é bufar, fazer careta e apontar problemas logísticos, técnicos e financeiros.

São argumentos convenientes, mas pobres. Afinal, hoje, garotos de 14 anos montam, do dia para a noite, sites de baladas que acusam até 500 mil visitas diárias.

Há ainda quem diga que a tal “blogosfera” já é capaz de ocupar esse espaço estratégico, o que se constitui em estupendo equívoco, mesmo que se louve a batalha diária de Azenhas, Rodrigos, Cloaqueiros, Beatrices e outros heróis da resistência.

Afinal, nestes dias de bits insanos e errantes, a desconstrução da imagem do governo se faz além dos debates exclusivamente políticos e sociais. A campanha está presente extensivamente em todas as editorias, em tintas ou pixels.

Basta clicar, por exemplo, no blog do jornalista esportivo Juca Kfouri, da Folha de S. Paulo. Entre os comentários sobre os gols de Ronaldo e as contratações do Fluminense, há volumoso material destinado a desqualificar o governo Lula, todos os dias, obsessivamente.

A ordem nas redações, pois, é ampliar a ação de sabotagem para as outras editorias. Os meninos e meninas que nada leem de política são agora colhidos pela campanha de demonização de Lula e Dilma nas editorias de esportes e artes, bem como nas páginas de “humor”.

Um eventual “UOL do bem”, portanto, somente funcionará se compuser um mosaico informativo e opinativo de ampla abrangência temática.

Terá de tratar de moda, culinária, saúde e cultura em suas páginas iluminadas, o que parece um “pecado” para certa esquerda decrépita ou conformada.

Herança de silêncio

No árduo trabalho para conduzir o metalúrgico à presidência, seu principal articulador prometeu que o Partido Mudo não invadiria alguns feudos de comunicação.

Em troca, as famílias do cartel de comunicação pegariam leve com o candidato.

O acordo nunca foi bem cumprido pelos midiocratas. E, em dado momento, o próprio articulador foi triturado por esses interlocutores.

Estranhamente, no entanto, os homens de comunicação do governo e do Partido Mudo ainda respeitam essa vergonhosa interdição.

O que, afinal, explica a manutenção desse transe? Acorda, zumbi! Fala!

pinçado de:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/lula-e-o-segredo-do-partido-mudo/

José Serra, os porquinhos e a matemática.

Esses videos mostram como se faz necessário a saída do sapo barbudo analfabeto e ignorante, para a entrada de alguém culto e versado em todos os assuntos.

Arquivo do blog

Contador de visita

Não é novela mas se quiser seguir fique a vontade